quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Papa condena Mercado de Alimentos. Mas São Pedro não vendia Peixe?


A transformação de alimentos em produto de mercado é tão antiga quanto a formação das primeiras cidades. O homem quando parou para produzir deixou de ser nômade, criou cidades e se multiplicou. Hoje em dia temos apenas uma aceleração do processo em que um fazendeiro médio de Mato Grosso negocia sua produção na Bolsa de Chicago pela internet, sem conhecer o comprador.

Mas o Papa Francisco resolveu condenar o uso de alimentos como commodity. Ele não explicou como então deve ser feito, dever-se-ia distribuir a produção de graça? E como iríamos pagar pelo trabalho dos agricultores?

Aliás, entre os apóstolos tivemos vendedores de commodities agrícolas. Dos 12 apóstolos de Cristo pelo menos 4 eram pescadores, incluindo o primeiro Papa, São Pedro. Será que São Pedro passou a dar peixes de graça quando se tornou discípúlo? Não creio, nada no evangelho fala sobre isso (graças a Deus). Cristo não condenou nem o cobrador de impostos (São Mateus).

Até gente do meio artístico acostumado a cantar para conseguir dinheiro para combater a fome, já entendeu que a melhor forma de acabar com a fome é trabalhando. Então, o importante é dá condições para a produção e não acabar com a produção e a venda.

Nunca pensei que diria isto para um Papa, mas: Papa Francisco dê uma olhada para o que diz Bono Vox, líder do grupo de rock U2.

Finalmente, a doutrina que surge da Encíclica Rerum Novarum (Distributismo) pede mais produção, mais propriedade para todos e não menos.

Ainda bem, que nós católicos sabemos que o Papa só é infalível quando fala ex-cathedra e não em discursos para ONU ou mesmo em Encíclicas.



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