O Estado ou uma ONG ambiental bate na porta da empresa e diz: "Ei, Empresa, você prometeu zero pegada de carbono ou emissão líquida zero. Cadê? Você não cumpriu. Então, agora pague milhões por propaganda falsa".
É a armadilha ambiental.
Os chefes executivos das empresas (CEOs) continuam a cair na "armadilha climática", escreveu o Wall Street Journal na semana passada, após uma carta de um grupo de procuradores-gerais republicanos alertando que as empresas que fazem promessas climáticas grandiosas podem estar violando as leis de proteção ao consumidor.
O Journal disse que, no passado, as empresas fizeram promessas climáticas para apaziguar a esquerda progressista e ficar longe dos holofotes políticos. Essa estratégia agora está saindo pela culatra, pois as empresas que fizeram tais promessas estão enfrentando críticas de ambos os lados políticos.
De governos esquerdistas: No início deste ano, Nova York processou o frigorífico JBS por suas metas de emissão zero. O estado alegou serem incompatíveis com um modelo de negócios centrado em carne bovina. Outros proponentes do ESG entraram com processos semelhantes de greenwashing, alegando que as empresas não estão alinhando as práticas comerciais com suas metas climáticas declaradas.
Governos de direita se juntam nas críticas. Essas críticas têm outro ponto de vista, mas da mesma forma condenam as empresas.
O grupo de defesa do consumidor Consumers' Research, por exemplo, enviou uma carta à Tyson Foods afirmando que "[o] litígio custoso prejudica o consumidor. E isso é duplamente verdadeiro quando um resultado do litígio é a remoção de produtos alimentícios das prateleiras das lojas para cumprir compromissos climáticos que nunca deveriam ter sido feitos em primeiro lugar."
Na semana passada, os procuradores-gerais de Iowa, Kansas, Nebraska e Tennessee enviaram cartas a três empresas, Target, Tyson Foods e Ahold Delhaize, alertando-as de que o marketing delas prometiam metas impossíveis de se atingir e pode criar potencial para violações de fraude ao consumidor.
Solução: Empresa fique fora de política ambiental, mesmo proque empresas não entendem nada de climatologia. Como o Wall Street Journal colocou: "O melhor caminho empresarial é focar em maximizar o valor para os acionistas, que é o que os CEOs são pagos para fazer e que faz o maior bem para a sociedade."
Por vezes me chamam para dar aula de administração de empresas. Eu sou economista, mas aqui entre nós, livros de administração são bem fáceis de se entender. Quando recebo esse tipo de convite, eu procuro comprar os livros mais conhecidos da disciplina no exterior, vejo se tem tradução para o português e com base neles eu dou aulas.
Assim eu fiz. O livro que comprei mostra 20% de preocupação com o lucro e produtividade da empresa e 80% de preocupação com o social e o ambiental. Em suma, um lixo, porque empresas não têm capacidade para colaborar com o social de forma substancial (se quiser se manter viva), muito menos pode resolver questões ambientais, porque quem manda no meio ambiente são fatores gigantescos (sol, mares, nuvens, algas,...).
Assim eu falo para os meus alunos (que os diretores das faculdades não saibam).
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