Caros, tenho o imenso prazer em anunciar que o meu livro "Teoria e Tradição da Guerra Justa: Do Império Romano ao Estado Islâmico" está disponível para venda, no site da editora Vide Editorial.
Os amigos do blog, há algum tempo que sabem que eu estava escrevendo esse livro e esperavam pela publicação.
Gostaria de deixar meu agradecimento ao editor Diogo Chiuso, que apostou em meu trabalho. E também ao amigo Redel Neres, o primeiro que leu e sugeriu correções gramaticais.
Acho que pode ser bem útil para quem quer saber o que santos, teólogos, papas e renomados escritores (como Dante, Cervantes, Chesterton, Benson e Belloc) escreveram e pensaram sobre guerra.
Se me for perguntado sobre qual é a maior qualidade do livro, eu diria que é justamente o amplo uso de fontes. Eu não conheço nenhum livro sobre guerra justa que tenha considerado tantas citações bíblicas, tantos santos, teólogos e escritores renomados.
O livro, inclusive, é o primeiro destaque do site da editora hoje.
Espero que gostem.
Comprem. Presenteie o livro no Natal.
Abaixo vai parte da Introdução e da conclusão.
Nos dias de hoje, pacifismo é geralmente associado a uma posição radical contra guerras, que é própria do que se chama de movimento hippie. Se a pergunta implica pacifismo nesse sentido, a resposta é negativa. A “Paz de Cristo” não se confunde com o antimilitarismo dos hippies, assim como o amor de Cristo não se confunde com o “free love” da liberdade sexual propagada por eles. O próprio Cristo esclareceu isso ao distinguir claramente a paz dele da paz do mundo, quando disse a seus discípulos: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá” (João 14,27).
Mas alguns podem imaginar que a resposta para a pergunta acima deveria ser afirmativa, uma vez que desde 1965 quando o Papa Paulo VI disse na Assembleia Geral da ONU: “Guerra nunca mais, nunca mais guerra”, usando como base um discurso do presidente americano John Kennedy (que não é renomado por seu pacifismo durante seu mandato), os papas seguintes mencionam o mesmo apelo: “Guerra nunca mais”. Certamente este apelo faria parte de uma manifestação hippie. Também pode-se considerar as várias vezes que papas pediram o banimento total das armas nucleares ou fim do comércio de armas....
A teoria da guerra justa é altamente valorizada no meio acadêmico e mesmo no meio político, mesmo por aqueles líderes que não são conhecidos por seguir os preceitos dessa teoria. Por exemplo, o presidente Obama, que continuou as guerras de seu antecessor e usa aeronaves não tripuladas (drones) para matar terroristas que por vezes também matam civis, quando recebeu o Prêmio Nobel da Paz, no seu primeiro ano de mandato, fez elogios aos preceitos da teoria da guerra justa cristã. Ele reconheceu a importância do conceito de guerra justa “feita por filósofos, clérigos e homens de estado”, que estabeleceu os critérios para se fazer guerra e mencionou parte desses critérios. E ainda falou, com pesar, que esses critérios não são observados muitas vezes.
No meio acadêmico é muito comum observar exaltações à teoria da guerra justa. Coates (1997) afirmou que a tradição da guerra justa não é apenas uma tradição entre muitas, ela é a tradição dominante intelectualmente quando se trata de moralidade da guerra. Segundo ele, a guerra justa cristã tem monopolizado o debate sobre a moral de guerras, pelo menos no que diz respeito ao Ocidente. Russell (1975) declarou que a guerra justa apresenta um conjunto de premissas e suposições que são correlacionadas e formam uma importante parte da história política e intelectual da civilização ocidental. Corey e Charles (2012) argumentaram que a tradição da guerra justa é a única estrutura que oferece uma linguagem rica, um conjunto de categorias e conceitos desenvolvidos em séculos de reflexão, no qual a moralidade da guerra deve ser examinada.
A abordagem da guerra justa também é popular....
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Tratamos aqui da doutrina da Igreja Católica sobre guerra justa, desde a Bíblia até o Papa Francisco, desde os tempos do Império Romano até os ataques terroristas do Estado Islâmico, passando pela posição de diversos teólogos e doutores da Igreja, pelo Catecismo, pelas declarações da Santa Sé na ONU, pelos pensamentos de alguns estudiosos modernos e até por sobre o que ilustres escritores católicos, Dante, Cervantes, Benson, Chesterton e Hilaire Belloc, escreveram sobre o assunto.
Eu já comprei o meu. Agora só me falta o tempo para lê-lo. :)
ResponderExcluirMuito obrigado, meu amigo. A minha penca de livros também só aumenta. Todo dia um livro de Christopher Dawson olha pra mim é eu olho pra ele. Estou louco pra le-lo, mas tem outros na frente.
ExcluirEspero que goste.
Abraço,
Pedro