segunda-feira, 16 de junho de 2014

O Fim da História de Fukuyama, não é nem História.


Em 1989, Francis Fukuyama declarou que o liberalismo venceu, e como, para ele, não havia mais competição ideológica, a história tinha acabado.

Eu, apesar de ser economista, nunca tive paciência com Fukuyama porque considero que só mesmo um economista (influenciado pelo marxismo) para achar que a história se resume a fatores econômicos.

Recentemente Fukuyama revisitou seu argumento. Defende que o o liberalismo continua superior mas que as "democracias não vão bem" e por isso há regimes autoritários. Ai meu Deus, mais uma análise rasteira.

Para começar, se formos tratar de fatores puramente econômicos, uma coisa que tem há muito tempo perdido valor no mundo tem sido o liberalismo. Basta ver a União Europeia  e em como o governo dos Estados Unidos tem administrado o país. Sem falar, na América Latina e China.

John McGinnis também colocou um fator importante, os próprios povos de diversos países não gostam do liberalismo. E o próprio liberalismo é uma tensão de valores entre individualismo e democracia.

Para mim, a descrição de Fukuyama não chega nem a ser história, que tem valores muito mais profundas que os meros modos de produção. Por exemplo, tente explicar o capitalismo ocidental ou a aversão ao capitalismo no oriente sem usar questões culturais e religiosas. A economia é dominada pela cultura e não o contrário.


(Agradeço o texto de McGinnis ao blog de Mark Movsesian)

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