Este Blog é dedicado a Economia, sob os olhos da Escola de Salamanca e do Distributivismo. Veremos a Economia do ponto de vista do "ser humano permanente", como disse GK Chesterton se referindo aos personagens de Charles Dickens. Que São Maximiliano Kolbe, do Bloco 11, Cela 18 de Auschwitz, nos ilumine na continuação das doutrinas de Francisco de Vitória e Hilaire Belloc!
domingo, 13 de setembro de 2020
Abundância Global Aumentou 570% desde 1980. Cadê a Crise Populacional e a Crise dos Recursos Naturais?
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Lewis Hamilton - Um Enorme Exemplo de Hipocrisia de Ricaços
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Chesterton, o Protestantismo e os Protestantes
Estou realmente encantado pelo fato de a santidade de Chesterton estar sendo reconhecida de modo oficial. No entanto, tenho algumas restrições quanto ao esforço de reconhece-lo um santo. Ele sempre foi amado por Cristãos Protestantes, e certamente por pessoas que não possuem uma crença religiosa. Temo que dando a ele o título de “Santo Gilberto” podemos limitar este encanto.
terça-feira, 19 de maio de 2020
Chesterton e Churchill
- Ambos fizeram sua própria educação, fora da escola. Ambos declararam que tinham desprezo pela escola regular.
- Ambos escreviam muito. Foram escritores e historiadores.
- Ambos gostavam de pintar e desenhar.
- Churchill correu mais o mundo, especialmente como militar.
- Ambos casaram e ficaram casados até a morte.
- Ambos eram gordos e desorganizados. Gostavam de bebidas e
cigarros.
- Ambos eram brilhantes.
- Ambos eram patriotas, mas Churchill era imperialista e Chesterton, não.
- Chesterton era cético com relação a políticos e aristocratas, Churchill era um político e aristocrata.
- Como político, Churchill mudou de partido, foi da direita para esquerda e voltou.
- Chesterton era distributista, enquanto Churchill apoiava o capitalismo.
- Sobre religião, Chesterton se tornou católico. Churchill era distante de religião, mas defendia o cristianismo (sem determinação de forma teológica).
- Ambos identificaram claramente três ameaças no século XX: bolchevismo, nacional-socialismo de Hitler, e falhas na defesa da civilização cristã.
Apesar de concordar com o que Tod Worner disse, eu acho que os dois gênios eram bem diferentes.
Acho que há duas coisas que devem ser ditas logo de cara em qualquer análise sobre os dois:
1) Churchill não era defensor das ideias sociais, morais e teológicas de Chesterton. Churchill seria hoje um esquerdista social (ele apoiou a eugenia, por exemplo), que entendia a importância da civilização cristã, sem tomar muito lado em questões morais.
2) Chesterton não conheceu o melhor de Churchill. Chesterton morreu em 1936, com 62 anos.
Nesta época, Churchill estava entrando no seu ocaso político. O melhor de Churchill ocorreu na Segunda Guerra Mundial. Sob a sua liderança o Reino Unido se defendeu contra Hitler e lutou contra Hitler na Europa. Churchill viveu até os 90 anos.
Churchill, durante a vida de Chesterton, assumiu vários cargos de ministro, especialmente posições militares. Ele também era um político do tipo "maverick", não reprimia muito suas opiniões para defender posições partidárias. Chesterton não deve ter visto muita diferença entre os políticos de sua época, e Churchill sofria muitas críticas por suas posições como comandante militar e como político.
Durante a guerra, Chesterton já tinha falecido, ele certamente teria apoiado algumas ações de Churchill, mas teria diferenças em outras. Talvez Chesterton tivesse se voltado mais para os Estados Unidos, afinal só depois da entrada deste país foi que a guerra contra Hitler foi vencida.
O império britânico, que era tão defendido por Churchill, basicamente acabou depois da Segunda Guerra, mesmo tendo os britânicos vencido a guerra. Tenho dúvidas de que Chesterton acharia isso ruim.
Sem desprezar a gigantesca perda de vidas dos russos (a maior entre todos os países da guerra), a Segunda Guerra foi vencida basicamente pelos Estados Unidos, na minha opinião. Mesmo a defesa da Rússia contra Hitler só foi obtida pelo gigantesco fornecimento de material bélico dos Estados Unidos para a Rússia. Os russos usaram tanques, aviões e material de comunicação "made in USA". Foi o poderio industrial e militar americano que, basicamente, já em 1943 derrotou claramente as forças do Eixo. O Japão foi vencido já no final de 1942, após a batalha de Midway. A insistência em permanecer na guerra se deve a caráter moral belicoso, de desapego à vida, tanto de alemães como de japoneses.
Hitler e Stálin ficaram juntos de 1939 a 1941, depois Hitler atacou Stálin. Chesterton, certamente, teria visto as semelhanças entre os dois líderes e entre os dois regimes políticos. E a opinião dele sobre a união entre aliados e Rússia sofreria uma análise rigorosa de Chesterton. Churchill apoiou as reivindicações de Stálin, durante a guerra. Só depois de 1945 é que Churchill quis liderar o mundo contra o que chamou de cortina de ferro comunista.
Em suma, se eu fosse escrever um livro sobre os dois, eu acho que eu teria foco nas diferenças morais entre eles e não em similaridades. E teria parado em 1936, depois daí fica difícil analisar.
segunda-feira, 20 de abril de 2020
O Que Chesterton Falaria sobre o Coronavirus?
Vamos fazer mais uma pequena suposição sobre qual seria a opinião do gigante pensador inglês, G.K.Chesterton. Dessa vez, vamos pensar em qual seria a posição de Chesterton sobre o principal problema global de hoje: o novo coronavirus.
Bom, saber qual seria a posição de alguém que já faleceu é difícil Erra-se até quando se tenta prever o que dirá a nossa mãe (a pessoa que, em geral, mais conhecemos), e também não é incomum que ótimos escritores, pessoas que conseguiram elevar a imaginação humana, sejam terríveis como pensadores políticos ou em suas análises de questões sociais. Muitos foram defensores de Hitler ou Stálin, por exemplo, a lista destes é imensa, e geralmente assusta quem leu os livros deles.
Além disso, as opiniões que eles tiveram em vida foram tomadas pelas circunstâncias em que viveram. Como mostrou o próprio Cristo, existe uma moral divina que fundamenta todas as reações, mas essas reações são moldadas pela circunstâncias. Por vezes, se oferece a outra face, por vezes reage-se (Cristo reagiu, indagando um agressor em João 18:23).
Então, para se fazer uma suposição de posicionamento político ou social de alguém que faleceu, deve-se fazer primeiro estes "disclaimers" acima e também deve-se se ater à ética que se depreende do que a pessoa escreveu ou falou, para que a nossa imaginação não se descole muito da ética do pensador.
Com isso em mente, vamos imaginar qual seria a posição de Chesterton frente ao vírus chinês que assombra o mundo. Chesterton não fugiu da ética dos seus livros ao tratar de questões políticas e sociais e isso facilita a análise.
Qual é a ética, princípios morais, que rege o pensamento chestertoniano?
Ler os livros de Chesterton é descobrir, na minha opinião, o escritor que mais conheceu a alma humana. Ele olhava do ponto de vista de um anjo o que se passava nos atos e mentes humanas, com todos os seus paradoxos. Mas este olhar angelical de Chesterton era também um olhar de fogo purificador. Ele usava e abusava do parodoxo e da ironia para destruir completamente o pensamento de quem era seu oponente moral. Todos que enfrentaram Chesterton em debate reconheciam a beleza e também a força destruidora de seus argumentos.
Chesterton conhecia muito bem o humano, valorizava esta criação divina ao máximo, mas sabia das profundezas diabólicas que o ser humano pode alcançar. Chesterton não era bonzinho, ele era genial em seus argumentos, destruía os argumentos de forma tão bela que o oponente ficava maravilhado, enquanto era aniquilado em sua moral.
O seu gosto pelo o que era humano, então, o faria certamente ter verdadeiro pavor pela ideia de isolamento social. Isso seria reduzir demais o humano.
Por exemplo, Chesterton, para meu conhecimento, nunca escreveu sobre sua posição sobre esportes, a não ser para dizer que achava que eles deveriam ser prazerosos e não formarem uma falsa religião. Mas, eu acho, que se fosse para analisar futebol e voleibol, acho que ele veria futebol como superior, por permitir mais o humano, enquanto o voleibol demanda pessoas de um tipo físico específico.
Em suma, o humano em sua totalidade é o material de deleite de Chesterton, se afastar do contato humano nos "pubs" ingleses seriam terrível em vários e profundos aspectos para o escritor inglês.
Ele, na minha opinião, detestaria "lives" e detestaria ainda mais ver igrejas vazias, estas seriam traumáticas, para ele.
O isolamento social seria uma tirania para Chesterton. Ele sempre olhava para governos com muita desconfiança.
Mas ele aprovaria algum isolamento social em nome de se evitar as mortes dos humanos?
Chesterton via as necessidades do homem em sua totalidade, necessidades materiais e espirituais, e reconhecia o relacionamento (não o determinismo) entre essas necessidades.
Mas acho que ele aprovaria algum isolamento social, especialmente, nos negócios, com muito pesar, muito pesar mesmo, mas não para as liturgias das igrejas, e abriria fogo para os culpados por essa situação.
Em todo caso, seria uma questão difícil para ele, vivemos um momento inédito na história, em que o globalismo, econômico e social, trouxe um doença terrível global.
Chesterton teria, na minha opinião, completo desprezo por inúmeros aspectos sociais que consideramos normais no nosso dia a dia. Se eu como cristão me sinto completamente exilado no mundo moderno e seus politicamente correto, casamento gays, eutanásias, abortos generalizados e Vaticano silenciado, imagine Chesterton.
Supondo que Chesterton conseguiria sobreviver a estes tempos tenebrosos para o pensamento chestertoniano, acho que ele primeiro exigiria completa reversão do globalismo e afastamento da doutrina comunista/socialista de apoio à China dentro dos países.
Se Chesterton identificou muito bem o militarismo prussiano na formação da Alemanha, para a Primeira Guerra Mundial, imagine o que ele pensaria da ditadura tirânica da China que controla até o nascimento do humano.
segunda-feira, 2 de março de 2020
Duas Sugestões de Políticas: Futebol e Maconha Ante o Distributismo
Nas faculdades de economia, aprende-se a avaliar uma política econômica sob o ângulo liberal, keynesiano ou comunista. Economistas sabem dizer o que pensa um economista liberal ou comunista ou keynesiano.
"O câmbio não está nervoso, (o câmbio) mudou. Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia, uma festa danada. Pera aí. Vai passear em Foz do Iguaçu, vai passear ali no Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para Cachoeiro do Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu, vai passear o Brasil, vai conhecer o Brasil. Está cheio de coisa bonita para ver".
A primeira foi feita pelo setor privado que lida com futebol e a outra foi sugerida pelo candidato a presidente dos Estados Unidos, Bernie Sanders, e trata sobre produção de maconha.
Vamos analisar sob o ângulo do Distributismo a questão do mando de campo no futebol brasileiro. É interessante porque o viés liberal e keynesiano/comunista ficam claros também.
A questão é a seguinte: no ano passado, a CBF autorizou que times vendam seus mandos de campo. Isto é, um time que vai jogar com o Flamengo em seu pequeno estádio, pode vender o jogo para um grupo de empresários para que o jogo ocorra em um grande estádio no país. No ano passado, o CSA de Alagoas vendeu seu jogo contra o Flamengo e o jogo ocorreu no estádio Mané Garrincha em Brasília.
Com a venda do mando de campo, o time pode conseguir muito mais dinheiro do que obteria jogando em seu estádio, e assim, supostamente, pode melhorar o time ou contratar jogadores melhores. Além disso, a venda do mando de campo pode ajudar aos estádios elefantes brancos do país a terem partidas, como o estádio de Brasília.
Por outro lado, o time joga fora do estádio que está acostumado e longe da sua torcida e até com torcida contrária, como ocorreu no jogo do CSA, em que 95% da torcida era a favor do Flamengo. Consequentemente, as chances do time perder o jogo aumentam muito.
Este ano de 2020, a CBF proibiu a venda do mando de campo.
E o Flamengo usou a teoria econômica liberal para ser contra a decisão da CBF. O presidente do Flamengo disse:
"É claro que eu fui contra a venda do mando de campo no Brasileirão. Eu sou a favor que os clubes possam ter livre-arbítrio e possam fazer o que eles quiserem com o mando deles. Afinal, cada clube é independente para fazer o que quiser. Não foi a proposta vencedora, mas acho que cada clube deve ter o direito de mandar o jogo em qualquer lugar"
Um Keynesiano/comunista pensaria em alguma solução estatal para o caso.
O que pensaria um Distributivista?
Para começar, um distributivista não tem medo de manter negócios em tamanho reduzido, tem até ojeriza a domínio do gigante sobre os pequenos negócios. Neste sentido, deploraria o modo que o futebol é feito hoje em dia em que o poder do dinheiro domina o esporte. Um time passa de uma representação local cultural para um time global em um piscar de olhos com a venda da marca para um empresário, que muitas vezes nem nativo é, como ocorreu na Inglaterra com a venda dos times do Chelsea ou Manchester City, ou como ocorre regularmente também nos times da China e Arábia Saudita.
Além disso, o Distributismo sugeriria venda ou a explosão dos estádios elefantes brancos que foram feitos em cidades em que não time de futebol e a construção de um parque para crianças ou hospital ou coisa que o valha. O Distributismo tem ojeriza à intromissão estatal onde não cabe.
Outra coisa, o distributivista nunca diz que alguém é "livre para fazer o que quiser". Para o Distributismo, a liberdade é uma ideia que tem que vir junto com a verdade, caso contrário vira escravidão.
Sobre o mando de campo, o Distributismo apoiaria a decisão da CBF, mas exigira outras mudanças para que os times que formassem seus jogadores não os perdessem de forma tão rápida para os grandes times.
Mas acho que os jogadores não apoiariam o Distributismo, afinal, eles querem mesmo é sair logo do time pequeno e ganharem dinheiro em qualquer lugar que pague. O que já mostra a dificuldade de implementação da doutrina.
2) Maconha
Durante um debate do partido democrata na terça-feira passada, o candidato Bernie Sanders (autoproclamado democrata socialista) prometeu se eleito presidente não apenas acabar com a proibição federal da maconha e eliminar registros criminais, mas também ajudar pessoas de cor a encontrar uma posição econômica na indústria. Ele disse:
"Vamos ajudar as comunidades afro-americanas, latinas e nativas americanas a iniciar negócios que vendem maconha legal, em vez de permitir que algumas empresas controlem o mercado legalizado de maconha".
Vamos desconsiderar a questão racial do argumento de Sanders, vamos abordar apenas a lógica de destruir as grandes corporações para formar pequenos negócios para vender maconha.
Será que o Distributismo apoiaria isso?
A resposta é não, porque, primeiro, como eu disse acima, o Distributismo tem ojerija da intervenção estatal, nem que seja para distribuir negócios.
No meu livro, Ética Católica para Economia, eu apresento todos os livros formadores do Distributismo, em alguns, especialmente os de Chesterton pode-se ver que ele tem dificuldades em sugerir como implementar o Distributismo na prática, uma vez que teria que manter os negócios distribuídos em um número máximo de pessoas, sem prejudicar a liberdade de negócios ao ponto de destruir a formação do capital.
Mas ele nunca sugere uma intervenção estatal do tipo socialista, pois em todos os livros da doutrina se mostra desprezo pelas decisões estatizantes socialistas, inclusive, eles chegam a igualar o socialismo com a concentração monopolista do capitalismo.
O Distributismo defende a doutrina do subsidiarismo, em que os problemas devem ser vistos primeiro pelo ângulo da comunidade e a comunidade deve avaliar se consegue resolver esses problemas. Muitos poucos problemas devem exigir solução estatal. Chesterton fala mal do Estado até no seu livro sobre sua conversão ao catolicismo.
Além disso, os autores fundadores do Distributismo teriam ojeriza do uso da maconha e também da libertinagem que a cultura da maconha propaga.
Neste sentido, creio que a solução distributivista seria o banimento da maconha produzida por qualquer um, seja pequeno ou grande negócio.
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É isso.
O Distributismo, como qualquer doutrina teórica humana, tem problemas e dificuldades, eu falo dessas dificuldades, algumas muitas difíceis de serem superadas, no meu livro de ética católica.
Mas acho que o ponto de vista distributivista para a economia é o melhor disponível para as questões econômicas. Por isso, eu propago com orgulho seus preceitos.
sábado, 22 de fevereiro de 2020
Compensar Carbono: Para Quê, Para Quem, Quanto, Como, Por Que? Ninguém Sabe. E Ainda Piora o Meio Ambiente.
E veja, a reportagem toma o ponto de vista que é certo compensar carbono, que carbono realmente precisa ser combatido.
domingo, 16 de fevereiro de 2020
Entrevista para Dr. Ricardo Felício sobre PLS 304/2017.
Ontem, tive a honra de ser entrevistado pelo climatologista Ricardo Felício sobre um projeto de lei do Senado Federal de autoria do senador Ciro Nogueira que acaba com a comercialização de carros movidos a gasolina e a diesel em 2030 e acaba com a circulação desses veículos em 2040.
Vejam no vídeo acima.
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Vídeo: O Mito do Paraíso Sueco. Suécia = Esquerdismo + Islamismo.
Um empresário e um comediante suecos explicam a Suécia.
Ótimo, vídeo para entender a Suécia e vencer o mito de que este país vive o socialismo de sucesso, não existe socialismo de sucesso, muito menos em combinação com o Islã.
Eu já tive a oportunidade de apresentar um artigo na Suécia, foi o pior lugar que fiz isso na vida, e eu estava na melhor universidade do país (Uppsala).